domingo, 29 de janeiro de 2012

Magia do Silêncio



Magia do silêncio


‎Os dias são tão corridos,
Horas que voam
Nas asas do tempo,
Meus olhos focam
Um horizonte cinzento,
E meus pensamentos
Guardam recordações,
Em suas cores de poucas luzes
E cada verso que escorre
Como lágrimas desenhadas,
Em tantos passos que eu sigo,
Cada pedaço que ainda vive em mim,
Os gritos do silêncio
Que se propagam pelo ar
Entre os dias e suas horas.
Procuro em meus sonhos
As chaves de todas as portas,
Respostas para as perguntas
Em tantas páginas rabiscadas;
Perguntas que ficaram mudas,
A música das palavras,
Vontades que evaporam
E se criam novamente
Em espasmos delirantes;
Segredos do labirinto transparente
Corredores entrelaçados...
Desvendar os sentidos
Em suas vozes quase caladas
Em gemidos,
Em sussurros;
Abrir outra janela
Que mostre o outro lado,
Suas luzes tão discretas,
Cada vulto que se veste
Com as cores esperadas...
Sentir o gosto suave do presente
Em seus diversos paladares,
O banquete servido na mesa
E suas xícaras de vontades
E quase tudo o que se sente
E tantos pensamentos que se perdem...
Quero por mais uma vez sentir
O cheiro dos primeiros dias
Quando os ventos sopravam novidades,
Modelar o tempo
Em obra de arte
E plantar um futuro
Em novas linhas...
No virar de cada página
Um novo capítulo,
Na curva de cada corredor
Um novo sentimento,
Amanhecem os sentidos
E brilha o sol do desejo,
E diante do espelho meu rosto espera.
Passos em direção ao silêncio
E sua magia de verdades,
Passos em direção ao por do sol,
Onde reside o jardineiro das ideias ocultas,
O guardião dos segredos do amor,
Pacificador das dores da alma.
Rápido como a chuva de verão
É cada momento profundo,
Profundo como o mar cada beijo,
E por traz de cada olhar:
O silêncio
Sussurrando sua magia e mistério.


W. R. C.

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