quinta-feira, 26 de julho de 2012


São rosas

Agora... Aqui...
São versos que saem
Desenhando palavras,
Sobem esfumaçados sentidos
Com o aroma do incenso;
Verbos, vozes e vida.

Sussurros são semeados
Com o adubo alucinado
De emoções embutidas,

Que mostram seus rostos
Revelando suas faces
Quando quebram suas máscaras.

Vontades viram suas páginas
Escrevendo esses rabiscos,
Expondo espinhos do eu
Em cores variadas,
Em frescas flores.

São rosas,
Que brotam
Em gemidos, em verdades;
Que saem do intimo
Dos sentimentos.
W. R. C.

domingo, 22 de julho de 2012

Na estrada

Sigo a estrada depois da curva da despedida levando minha bagagem de pensamentos e ideais, vontades e desejos, tudo que enxergo na luz não muito distante no fim deste túnel; poeira que cobre os meus rastos de tudo que deixo para trás, páginas viradas e linhas escritas; tudo que pesou e caiu na estrada, não disse adeus, nem que era tarde de mais, apenas ficou e seguiu outro caminho.
Sigo o fluxo constante de cada sonho, que noite após noite se constrói, junta pedaços do que pode ser real, molda esculturas do que germinou em muitas estações, solidifica cenários por onde eu passo, cria vida, modifica-se; acelerando os motores, rompendo para o outro lado, engrenagens pulsam, visões começam a mostrar o caminho; ruas que esperam minha passagem, sangue que ferve por veias agitadas, é o inicio, tudo irá fluir novamente com o sopro do vento de cada manhã.
Sigo sem medo, nem sempre sozinho, seres diversos também seguem suas estradas, muitas vezes dividimos corredores estreitos e avenidas luminosas, deixando lembranças, levando pedaços, desenhando seus rastros, para que logo em seguida ocultem seus rostos, faz parte do percurso; acelero, faço outra curva, já vejo os raios solares, a luz, a estrada...
Sigo a caminho; a música, o vento, o sol, recordações, novidades e pensamentos; sempre terão aqueles que ainda me esperam chegar, são companheiros fiéis, aliados verdadeiros que sempre estarão ao meu lado; muitas linhas ainda irão se escrever, muito chão para percorrer e novidades em cada estadia, construção de dias promissores, muito do tempo a se aprender na estrada da vida, vivendo cada uma de suas preciosas escrituras, vida verbalizada em prosa e poesia, percorrendo cada uma de suas infinitas e sólidas linhas...

W. R. C.

segunda-feira, 16 de julho de 2012



Outro Dia...

Outro dia,
Outra página,
Pedaços múltiplos,
Escritas desmembradas;
As linhas começam a se escrever
Após o abrir dos olhos cansados
E o despedaçar do que não pode voltar,
A mente começa a juntar as pétalas
Que se desprenderam da memória
Durante a noite que se foi;
Agora os jardins estão calados
Esperando os pássaros sussurrantes
E suas melodias variadas
Iluminarem o cenário que ainda espera.

Outro dia,
Pensamentos imperfeitos
Transitam entre
O querer e seus dizeres
Com suas vozes sussurrantes
No curso fluvial
Entre o agora e o amanhã;
Vontades não cicatrizadas
Ainda pulsam
Com o latejar rítmico de tantos ideais,
Esfera reluzente,
Verdades deslocadas
Em direção a seus cursos distintos
Ficam frente a frente
Ao espelho do momento
Onde o reflexo
Revela suas intenções.

Outro dia,
Sentidos borbulhantes brilham
Diante de um sol ainda tímido
Que ilumina o campo
De todas as decisões;
Os sonhos de ontem falam baixo
Suas mais íntimas certezas,
Descrevem um amanhã
Cheio de mistério
E estradas novas;
Verdades falantes
Contam cada um de seus sonhos,
Que querem acordar novamente
Para a realidade pulsante
E seus palcos diversos,
Esperam suas portas cinzentas
Se colorirem com tintas variadas,
Para que possa abri-las,
Entrar despreocupado
Virar algumas páginas
E seguir adiante.
W. R. C. 

sexta-feira, 13 de julho de 2012

O número 13  

A crença na má sorte do número 13 parece ter tido sua origem na Sagrada Escritura. Esse testemunho, porém, é tão arbitrariamente entendido que o mesmo algarismo, em vastas regiões do planeta - até em países cristãos - é estimado como símbolo de boa sorte. O argumento dos otimistas se baseia no fato de que o 13 é um número afim ao 4 (1 + 3 = 4), sendo este símbolo de próspera sorte. Assim, na India, o 13 é um número religioso muito apreciado; os pagodes hindus apresentam normalmente 13 estátuas de Buda.
Na China, não raro os dísticos místicos dos templos são encabeçados pelo número 13. Também os mexicanos primitivos consideravam o número 13 como algo santo; adoravam, por exemplo, 13 cabras sagradas. Reportando-nos agora à civilização cristã...

E também o mais importante: 

Dia mundial do Rock é uma data em comemoração ao rock, celebrada anualmente em 13 de julho. Em 13 de julho de 1985, Bob Geldof organizou o Live Aid, um show simultâneo em Londres, na Inglaterra e na Filadélfia, nos Estados Unidos. O objetivo principal era o fim da fome na Etiópia e contou com a presença de artistas como The Who, Status Quo, Led Zeppelin, Dire Straits, Madonna, Queen, Joan Baez, David Bowie, BB King, Mick Jagger, Sting, Scorpions, U2, Paul McCartney, Phil Collins (que tocou nos dois lugares), Eric Clapton e Black Sabbath.
Foi transmitido ao vivo pela BBC para diversos países e abriu os olhos do mundo para a miséria no continente africano. 20 anos depois, em 2005, Bob Geldof organizou o Live 8 como uma nova edição, com estrutura maior e shows em mais países com o objetivo de pressionar os líderes do G8 para perdoar a dívida externa dos países mais pobres erradicar a miséria do mundo.
No Live 8 o Grupo de Rock Britânico Pink Floyd tocou junto, depois de 20 anos de separação. Desde então, o dia 13 de julho passou a ser conhecido como Dia Mundial do Rock.
MAS DE ONDE VEIO ESSA EXPRESSÃO: “ROCK N’ ROLL“?
A expressão, que literalmente significa “balançar e rolar”, fazia parte da gíria dos negros americanos desde as primeiras décadas do século XX, para referir-se ao ato sexual. Assim, ela já aparecia em várias letras de blues e rhythm’n’blues como “Good Rockin’ Tonight” (1947), de Roy Brown – antes de ser adotada como nome do novo estilo musical, que surgiu nos anos 50, com Bill Halley e Elvis Presley, e consistia basicamente na fusão desses ritmos negros com a branquela música country. Esse batismo costuma ser atribuído ao disc-jóquei americano Alan Freed (1922-1965), cujo programa de rádio foi um dos principais responsáveis pela popularização da nova onda, altamente dançante, que logo contagiou toda a juventude do país e do mundo. Na década de 60, o rótulo foi abreviado para rock, para abranger as mudanças provocadas por artistas como Bob Dylan e Beatles, abrindo um leque de infinitas variações: rock psicodélico, rock progressivo, folk rock, hard rock, heavy metal etc etc. A partir daí, o termo rock’n’roll passou a significar exclusivamente o estilo original, característico da década de 50.
Alan Freed, o primeiro DJ superstar da história, batizou o balanço pop.

AS PRINCIPAIS VERTENTES DO ROCK:

Contraditório desde o início, ele surge num país e numa época marcados pela segregação racial. Seu ponto de partida também é polêmico: há quem defenda Rocket 88, gravado em 1951 por Jackie Brenston; outros prefe­rem Shake, Rattle and Roll, registrado em 1954 pelo negro Big Joe Turner e pelo branco Bill Halley. O rock talvez seja o mais mutante dos gêneros. Graças a sua capacidade de absorver e recombinar influências, ele segue surpreendendo. O mais legal é transitar pelas vertentes desse submundo, da rebeldia adolescente às melodias eletrônicas.
Hoje é o dia oficial do Rock’n Roll, mas para mim todos os outros também são! Tenham todos um maravilhoso dia: Eu terei!!!  \m/

quinta-feira, 12 de julho de 2012

A melodia ecoou; sinfonia anunciando as boas vindas está quase chegando o dia, à hora esperada; muitos ainda aguardam ansiosos, agora falta pouco, os ventos sopraram suas dádivas em direção aos quatro cantos, messes correram em harmonia e fizeram seus projetos, o fruto fora gerado e em pouco tempo florescerá.
O fluxo das águas seguiu seu caminho desaguando no mar da existência que se renova que se cria e leva embora o que não se encaixava mais dando espaço aos brotos e sementes que começam a germinar, sons de novidades pairam no ar acompanhando o bailar dos pássaros. Confissões e palavras esperam para ser ditas renovando conceitos, alimentando quereres, reconstruindo; o pensamento refaz planos e metas, o amanhã está bem ali e pede passagem, nuvens no céu e fumaça de incenso levam as promessas, quebram obstáculos e abrem os caminhos: Falta pouco!   
W. R. C.

quarta-feira, 11 de julho de 2012



António Gedeão
Portugal: 1906 // 1997
 Poeta/Professor/Pedagogo/Investigador

Pedra Filosofal

Eles não sabem que o sonho
É uma constante da vida
Tão concreta e definida
Como outra coisa qualquer,
Como esta pedra cinzenta
Em que me sento e descanso,
Como este ribeiro manso
Em serenos sobressaltos,
Como estes pinheiros altos
Que em verde e ouro se agitam,
Como estas aves que gritam
Em bebedeiras de azul.

Eles não sabem que o sonho
É vinho, é espuma, é fermento,
Bichinho álacre e sedento,
De focinho pontiagudo,
Que fossa através de tudo
Num perpétuo movimento.

Eles não sabem que o sonho
É tela, é cor, é pincel,
Base, fuste, capitel,
Arco em ogiva, vitral,
Pináculo de catedral,
Contraponto, sinfonia,
Máscara grega, magia,
Que é retorta de alquimista,
Mapa do mundo distante,
Rosa-dos-ventos, Infante,
Caravela quinhentista,
Que é cabo da Boa Esperança,
Ouro, canela, marfim,
Florete de espadachim,
Bastidor, passo de dança,
Colombina e Arlequim,
Passarola voadora,
Pára-raios, locomotiva,
Barco de proa festiva,
Alto-forno, geradora,
Cisão do átomo, radar,
Ultra-som, televisão,
Desembarque em foguetão
Na superfície lunar.

Eles não sabem, nem sonham,
Que o sonho comanda a vida,
Que sempre que um homem sonha
O mundo pula e avança
Como bola colorida
Entre as mãos de uma criança.

António Gedeão


segunda-feira, 9 de julho de 2012



Vidas

Hoje, ontem e sempre;
 A vida vai se fazendo viva,
Escreve-se em linhas diversas,
Transformam-se
Em inúmeras descobertas
Quando se faz precisa,
Quando se sente.

E nessa caminhada
Cada passo que se dá adiante
Entre o ir e o vir de tantos ideais
Cultivando jardins desiguais
Que florescem e brotam radiantes
Colorindo nossa jornada.

As areias escorrem como antes;
O tempo em sua sabedoria
Molda suas mais belas esculturas
E no ventre a forma mais pura
Que trará muita alegria
Quando revelar seu semblante.

Páginas se virão de repente:
Agora sei que o caminho se inicia
E como sempre ira surpreender
Quando uma linha reta se escrever;
A vida novamente se cria
E mostra seus rostos sorridentes...
W. R. C.

quarta-feira, 4 de julho de 2012



Jardim do pensamento

O jardim
Fora irrigado logo cedo,
Sua sede fora saciada
E sorridente ele agradece;
A mesma mão que o molha
Escreve outras linhas.

Hoje
O coração bate lentamente
No ritmo
De pensamentos pesados
Que falam baixo
E deixam suas marcas.

As palavras foram sopradas
Nas primeiras horas da manhã,
Vontades
São despejadas assim,
A cada sussurro que sobe
Com a fumaça do incenso.

A mente brota suas rosas,
Espinhos
Rasgam conceitos,
Verdades
Em formas diversas,
O rosto descreve
O que sente.

O jardim do pensamento
Espera suas cores,
Sentidos e sentimentos
São revelados
A todos os atores
Que no palco da vida

Segue adiante,
Deixando suas sementes,
Arrancando ervas daninha
E esperando
Pelas flores.
W. R. C.

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Observamos

O tempo e suas sombras, tão preciso em seus segundos, cada detalhe que ele escreve em suas linhas tão constantes, outra parte de nós, outro dia que se abre; desenham seus cenários, ocultam seus segredos que são falados de formas curtas, verdades despejadas em cascatas cristalinas, vontades sussurradas entre o vento e sua curva. A engrenagem gira, a bomba cardíaca pulsa e muitas vezes os olhos não vêem o que o coração sente, é enganada pelo medo e o receio de falhar subitamente, escolhas são feitas no vai e vem das equações das horas que precisas marcam a imprecisão de cada um em seus passos apressados virando as esquinas do presente em direção a próxima página rabiscada; o verbo se faz vivo e a vida segue seu curso, linhas variadas viram a próxima página cruzando com outras vidas, outras linhas e outros versos dando sequência ao jogo; há beleza nos olhos de quem sabe enxergar distante, há magia em vozes que sabem sussurrar seus quereres...
Quando o sol brilha forte no azul do céu e o vento sopra novidades às portas dos sentimentos se abrem e os ecos de muitos ideais pairam pelo ar como aves despreocupadas que alçam voo e seguem seu destino; quando palavras são escritas e silabas são encaixadas portas vão se abrindo e o andarilho segue seu curso em direção aos fatos que se formaram e foram feitos após a última porta fechada e outra que fora aberta. Quando as horas parecem não ter fim e o pensamento insiste em romper para o outro lado, é hora de deixar tudo sair, recriar o que se desfez no trajeto enquanto pedras iam caindo, repensar o que ficou em silêncio ecoando no fundo do peito no palpitar de sons que se refazem e deixar que se escrevam as boas novas...
W. R. C.