segunda-feira, 16 de janeiro de 2012
Amon
Amon
O gato preto observa os que o observam,
Em seus olhos a chama dos mistérios ocultos
O fogo fatuo de segredos distintos,
Observando mandibulas e seus dizeres,
Absorvendo olhares e seus venenos.
O gato preto em seu traje sombrio
Parado a dizer o que não se pode ouvir,
Ouvindo dizeres dos que falam sem pensar;
Sabe onde pisa e o que pode encontrar em seu caminho,
Caminha despreoculpado, sem culpa, sem medo.
O gato preto em silêncio profundo
Aprofunda seus quereres e seus instintos,
Sabe o que ninguem sabe e sente o que ninguém sente;
Onde o vento fez sua curva e sentidos se criam,
O gato preto observa os que o observam...
O gato preto se deita agora
Em constelações de nebulosas brilhantes
Que brilham como seu olhos amarelados,
Uma chama arde ao seu redor
E olhares diversos o observam.
O gato preto espera pela canção
Quando os vapores subirem aos céus
E chegarem aos espaço sideral,
Quando os ventos soprarem vontades
E escreverem verdades distintas.
O gato preto sabe o que está por vir,
Suas cartas sairam do baralho,
Seus instintos trazem revelaçõs
Do outro lado da nebulosa cinzenta,
Entre os dias e seus risos e suas portas semi abertas.
A gato preto fala do amanhecer,
De novidades que apontam no horizonte
Após a chuva se findar e lavar a terra;
Agora falta pouco tempo,
O gato preto observa os que o observam...
W. R. C.
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