terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Eu Vejo



Eu vejo


Eu vejo claramente
Todos os meus sonhos
Que se desenharam de formas diversas
Dessas noites de horas pingadas
Um por um se rabiscando
Em minha mente
Com suas lembranças variadas
Dessa paixão desperta
E todas as sensações,
Se repetindo novamente
Apertando o peito
Em espasmos tamanhos.

Você pode imaginar
Sua vida inteira, agora,
Diante de seus olhos
A se desenhar?
Eu sei que a chance
Está sempre próxima
A um palmo, bem perto,
Gotas cristalinas
A despejar
Ou fumaça entorpecente tóxica
Do que fora descoberto
Daqueles momentos
Vividos de outrora.

A um passo entre mim
E você novamente
E nossos passos despreocupados;
Essa porta transparente que nos separa
Esse fogo a arder em nossas veias,
Essa vontade que nos dilacera,
Uma paixão perdida
Que se incendeia
Deixando alguns membros
A arder em chamas
Dormentes, vibrantes,
Tesouros encontrados...

Eu vejo novamente tudo se repetir
Como havia sido naquele instante
Entre os doces beijos inocentes,
Cada gesto, cada toque, tudo;
Mas nada mais
É como fora antes,
Tantos abraços ardentes.
O tempo agora ficou mudo,
Àquelas horas, no momento,
Querem novamente existir...


W. R. C.

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