sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Noite II



Noite II


As horas passam rapidamente,
E com ela segue a luz do sol,
A noite cai com seu ar gélido e suave
Seu véu melancólico
E solitário encobre os vales e colinas,
Onde gritos abafados
Ecoam se perdem com os ventos.

Venha confortante anoitecer
E suavize minhas feridas,
Permita-me por um instante
Conhecer os seus segredos.
O que a faz tão bela,
Tão atraente e sedutora?

Como olhar de linda mulher,
Fascinante perdição
A noite chama,
Leve-me como música
Serena suave pelos ares,
Sobre o brilho da lua,
Andarilho flutuante
Das copas das arvores,
Tocando doces melodias
Aos que agora descansam.

Em noites obscuras,
Quando amontoadas nuvens se juntam
Tornando o céu
Cinzento e tristonho,
Distante um som se ouve,
E com a chuva trovões
E relâmpagos rasgam os céus.

Quando choras,
Oh noite,
Ficas ainda mais bela!
Tenebroso céu
Que lacrimoso pranto derrama
Em musical estrondo tempestuoso.

E nebuloso
O pensamento se eleva,
Um grito mudo,
Um grito d'alma
A chuvosa noite clama,
Banhar em suas puras águas
E renascer de novo.


W. R. C.

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