segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

A chave


A Chave


Tarde eu fecho meus olhos
E tento enxergar novamente,
Uma outra tentativa vazia,
Tentando encontrar inutilmente
A saida desse labirinto sem respostas,
Onde se perdeu meu ultimo suspiro de amor
Entre os braços fortes do tempo
E a curva que nos separou.
A iluminada vela morre
Se queima até o fim, sua cera forma saudade;
Eu sinto a presença da escuridão
Quando a chama se apagou,
Minha consciência tão pálida
Consciênte ainda irá esperar
O jardim se pintar novamente
E todo o amor florescer.
A ultima noite que se foi
Trouxe pesadelos trágicos para mim
Quando me disse o que não queria ouvir,
Que meus passos devem se seguir então
Deixando que a estrada me leve
Onde for que eu tiver que ir
Antes que os sonhos tragam suas cores de volta.
Ela anda em beleza como a noite sem fim
Quando surge nestes sonhos
De climas sem nuvens e céus estrelados
Pedaços fragmentados de tantos sentidos,
Onde o tempo para nós mais uma vez
Goteja suavemente suas obras e
Segue sem pressa escrevendo suas linhas...
E tudo de melhor da escuridão e da luz
Todos o seus aspectos mais distintos
Se encontra em contraste em seus olhos
Quando os busco em sonhos opacos;
Sendo assim entorpecido por aquela branda luz
Que ofusca minha visão e me faz delirar
Me transportando aos recantos mais distante
Que o céu nega para um dia iluminado.
Uma sombra a mais, um raio a menos,
O arrastar da chave em direção a fechadura,
A voz tentando chegar ao seu destino,
Se metade tivesse prejudicado a graça sem nome
Daquelas promessas que evaporaram
Que ondulam em toda mecha negra
Entre o tempo perdido
E as vontades que querem se encontrar
Ou suavemente iluminar em sua face
Cada um daqueles desejos que de nós se esconderam,
Trancados em seus recantos perdidos
Onde pensamentos serenamente
Se expressam docemente,
Se colorem constantemente,
Quão puro, quão querido,
Como os jardins floridos de outrora
O lugar de habitação de todos eles...
Os sorrisos que surgem lentamente,
As memórias que acendem,
Tudo novamente em um instante,
Mas contam sobre dias gastados em pensamentos
E passos despidos de suas buscas,
Cada um contando suas páginas,
Carregando suas chaves;
Uma mente em paz com tudo que restou,
Um coração cujo amor ainda é aprendiz!
O gosto de vinho permeia em minha mente
Quando recordações navegam por ela,
E aves noturnas pousam ao redor
No deserto de minhas vontades;
O vinho que foi derramado de tantas feridas
Abertas pelos fantasmas que me assombram
Em dias de constantes sentimentos...
W. R. C.

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