quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Cidade Cinzenta



Cidade cinzenta

Hoje a cidade acordou cinzenta
Com lágrimas caindo dos céus,
Um pranto diferente
De águas novas, puras,
De novidades que a caixa opaca da vida
Às vezes coloca diante de nós;
Outro capitulo aberto entre a vontade de viver
E todos os deveres existentes.

Hoje a cidade acordou cinzenta
Tentou ofuscar as luzes que surgiram,
Mas as tornaram ainda mais brilhantes,
Agora os passos serão recontados
E os barcos ainda irão navegar,
Nada mudou, não aqui,
Só adquiriu novas cores;
Mas as vontades ainda permanecem...

Hoje a cidade acordou cinzenta
Verdades caladas agora falam
Em vozes suaves, do jeito que tem que ser,
Desejos ardentes ainda queimam
Entre a palha seca de tantos dias
Que se foram, que se formam,
Que se fará em novos tons.

Hoje a cidade acordou cinzenta
Escreve suas linhas sem pressa
Com todos seus pontos e suas vírgulas,
Traçando nas páginas das ruas
Cada história que irá se formar
Em seus cantos de águas variadas,
Em suas curvas de tantas possibilidades...

Hoje a cidade acordou cinzenta
Cheia de sonhos e certezas,
Onde os caminhantes seguem suas buscas
Entre as ruas extensas e suas paisagens,
Com passos de ideais a se construir
E paixões que batem à suas portas;
Hoje a cidade acordou cinzenta e bela...

W. R. C.

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