segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Outro Luar


Outro luar


Deixo meus pensamentos subirem aos céus
Com o vento que sopra para o sul,
Cada pedaço meu, cada sussurro,
Em direção ao astro lunar,
Quando no esplendor de seu brilho dourado
Vier me chamar, vier me ouvir;
Então direi aos vultos da meia noite:
_Não turvem mais meus olhos,
Não perturbem mais meus sonhos,
Não silencie minha voz!
E o brilho da lua cheia
Levará meu pedido...

Quando o luar cumprir seu papel,
Horas que giram, música que ecoa...
São as doze badaladas, o corte que cicatriza,
Pedras no final da estrada
Que logo serão jogadas para trás...
São os pé tão apressados,
Caminho a seguir, uma porta que se abre,
Lágrimas que secam, soluços abafados...
Quando o luar cumprir sua promeça
Voltarei ao meu caminho...

A magia do luar, o calor das paixões,
Pensamentos que se formam no livro sagrado,
Vontades que se mesclam à saudade,
Sentidos que se perdem no passado,
Linhas que se escrevem no persente,
Rostos que desaparecem em sonhos cinzentos.
Outro luar, outra oportunidade,
O começo de uma nova visão,
A visão de um novo começo...

Se espalham e chegam ao firmamento,
Com o sopro dos anjos escondidos,
Cada procura, cada vontade,
E todas as paginas perdidas no tempo,
Sopradas pelo vento da nostalgia,
Com brilho da lua cheia
E melodias que ecoam distantes...

É outro luar, um novo querer,
Um novo sonhar, caminho em sua direção
Sem medo, despido de mim mesmo,
Faminto, sedento, silencioso;
Sem olhar para trás,
Sempre em direção a outro luar...


W. R. C.

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