sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Linhas Férreas



Linhas Férreas


Venha comigo, vamos seguir as linhas férreas,
Em direção à ultima estação que deixamos passar,
Vamos, não precisa de bagagem, é só nós,
Em busca de sonhos semeados
E desejos que rapidamente florescem,
Com nossos sentidos ressurgidos,
Nossa paixão renascida e o tempo sem fim,
Ergueremos nossos muros caidos,
Daremos cores ao nosso jardim desbotado
E um novo capitulo a nossa história...


Aqui no alto da colina, contemplando o silêncio
E tudo que minha visão pode ver,
Ainda esperando o céu se abrir
E o vento soprar novidades,
Assim como as janelas de minh'alma
Abertas esperam contemplar
Os frutos e as flores,
O substrato de todos os sentidos,
A razão para todos os amores;
Para que possa ver com clareza
Toda estrada nova que irá se iniciar,
E fugir de seus espinhos e pedras,
Planar sorrateiro em meus pensamentos,
E construir uma ponte que me leve além,
Do outro lado, onde o solo realmente é fértil
E novidades brotam dos atos construidos.

Não espere mais nem um segundo,
Vomos ver onde estas linhas irão nos levar,
Em sua serpente de madeira e aço
Pelas quatro estações da vida,
Pelos quatro cantos do globo,
Entre flores e folhagem,
Na relva dos sentidos,
Onde ecoa cada vontade
Que brotam dos sonhos e desejos escondidos;
A luz brilhante de cada manhã,
Depois da estação dos sonhos e memórias,
Onde só estávamos eu e você...

Venha comigo, não tenha pressa,
Vamos no último vagão
Observando a paisagem
E um ao outro mais uma vez...
E enquanto seguimos adiante
Sem olhar para trás,
Em direção ao amanhecer dourado
E suas novidades diversas,
Devaneios que brotam das sementes das lembranças
Semeadas no solo cinzento das vontades
E colhidas nas árvores do presente...
A velha estação nos espera,
Vamos seguir as linhas férreas...


W. R. C.

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