quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011
Flores Murchas
Flores Murchas
Jardim cinzento, murcha seja a flor,
Pedaços de sentimento, longincuo passado,
Sua plenitude e beleza, seus momentos preciosos,
Tudo esquecido no leito de pedra
Entre sussurros de morte e lamentos de amores.
Essa silênciosa tumba na montanha,
De sorrisos sejam as lembranças,
Destas raizes que envolveram a alma,
Do sopro frio da noite escura,
Da sede insaciável que morre aos beijos,
Das flores sem perfume, de espinhos metálicos...
Lágrimas outora aqueceram o solo,
Soluços azuis subiram aos céus,
Separou-se de olhos que não podiam mais chorar,
De um peito comprimido em dor,
Compaixão para o vento levar,
Lamento perdido, sussurro de amor.
Sentimentos pelo fio da espada,
Finas gotas de sangue em um solo sem vida,
Uma vida de paixão e ódio,
Esse fogo faminto que devora sonhos,
Sobre uma chance, uma reviravolta do destino,
E os pássaros que voam no subterâneo.
O veneno do cálice desceu pela garganta,
O ar pesado, o pesar sem fim,
Uma porta trancada, e uma chave para abrir;
Os ossos do tempo, o passado guardado,
Seus olhos e o vento, meu lamento cantado.
Murcha é a rosa da saudade,
Presente cinzento e folhas que caem,
Flores mortas pétalas no asfalto,
Tudo que grita a vontade,
E os lamentos que do peito saem.
Esta estrada que nos leva para casa,
Por cenários diversos de cores variadas,
De goles amargos em pequenas dozes,
Nesses dias em que passamos,
Horas e horas viradas e inesperadas,
Repleta de flores secas e cheia de curvas e vozes...
W. R. C.
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Olá meu nome é mariana, tenho um blog, e nele tenho um espaço para poesias, todas as poesias que postei até hoje é de minha autoria, porém adorei este poema das flores murchas, e gostarias de saber se eu poderia postar ele em meu blog, claro identificando o autor. este é o site do meu blog se quiser conhecer.
ResponderExcluirhttp://wwwmaryaprendi.blogspot.com.br/