terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Anjo Caido



Anjo Caido




Sorrateiro e melancólico surge do horizonte,
Sombra que se propaga no escuro
Levada pelo vento se misturando às trevas.
No silêncio da noite faz sua última oração,
Mesmo sabendo que não será ouvido
Mais uma vez grita...
Corrompido pela volúpia, sede aos desejos da carne
E por ela anseia sedento e desesperado,
A sede do corpo... A fome da alma...
O pacto do prazer... A tortura da distância... 
Condenação eterna... 
Agora em seus olhos as lágrimas secam devagar,
O pensamento acelera,
Imagem que surge diante dos olhos,
O coração bate sem ritmo e quase para,
Loucura e desejos incompreendidos,
A boca em chamas implora por apenas um beijo seu.
O fogo se espalha o calor é insuportável,
Depois da queda tudo é diferente,
A incerteza medonha... A realidade cruel...
Medo que faz estremecer...
Dor em carne viva...
Sentimentos que surgem sem controle,
Dilacerando pensamentos, sensações; 
Fome que nunca se acaba...
Sede interminável...
Nada mais é como um dia foi, 
Nada mudara o que é agora!


W. R. C. 

Um comentário:

  1. O verso abaixo foi o que mais me chamou a atenção.
    Já fui um fanático religioso. É como eu que tanto orava e parece que nada obtinha de resposta. "gritava ao vento". rs

    "Mesmo sabendo que não será ouvido
    Mais uma vez grita.."

    Saudações cordiais.

    ass: Rodrigo avles.

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