sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Dança da Serpente



Dança da Serpente


O vinho lentamente desnorteia e embriaga meu ser, 
Conduzindo-me aos sombrios confins da existência,
Deste agradável e constante entorpecer
Posso sentir no corpo e  n'alma  essa dormência,
Que me guia a regiões obscuras de gozo e prazer.

E acompanhado pelo céu, as estrelas e a lua,
Quero me perder no denso e frio nevoeiro,
Onde vejo um vulto de mulher dançar nua
Entre as flores, os espinhos e os salgueiros,
E que me diz: _Essa noite serei só sua!...

_Venha desfrutar dos prazeres da noite e suas alegrias,
Dançe comigo no ardente e enebriante circulo de fogo,
Deixe-se levar pelas emoções dessa nova orgia,
Não tenha medo, se entregue de vez neste jogo
De prazeres ilimitados, devaneios e magia.

Sussurrando em meus ouvidos o meu nome,
Observo seus sorrateiros movimentos de serpente,
Sinto uma constante e ardente chama que me consome,
Nessa dança fascinante, bela e envolvente,
De sedução, volupituosidade, paixão e fome.  



W. R. C. 
 

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