Transfiguraçãomefistofaustica
E
aqui contentando-me
Com
o tempo que segue seu curso
E
desenha suas obras
Em
traços precisos e imperfeitos,
Pedaços
despidos de medos
E
incertezas foscas;
Absorvendo sentimentos
Como
uma esponja seca
Encharcando
as ideias
Com
sonhos resumidos
E
vontades reinventadas,
Transcrevendo
palavras
Como
um tolo
Sem
nada melhor a fazer:
Para
olhos e ouvidos desinteressados
E
mentes muito ocupadas...
Viro
a esquina dos esquecidos
Revertendo
saudades contidas
Em
versos para a posteridade,
Escrevo
linhas bandidas
Libertada
das prisões do presente
Que
voam livres buscando verdades
E
sólidos sorrisos contentes.
Sou
o guardião de minhas ânsias
Que
se espalham sem soluços
Pelos
becos de vidro
Nesse
labirinto transparente
Na
direção da realidade
Que
se transfigura outra vez...
W.
R. C.
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