terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Com nuvens sem respostas se inicia
 
Outro dia cinzento se desdobra em muitas reflexões de verbos e buscas, de sonhos picados e realidades pulsantes no baile diário e suas modificações contínuas, horas que pingam com as gotas da chuva a banhar sua face, a minha; nós aguardando respostas com tantos pensamentos que nunca descansam em diversas perguntas vibrantes diluídas em tons e sons com todos seus valores, na escada de inúmeros conceitos, a colina que guarda as verdades, esperando que o vento trouxesse novamente o que soprou para longe no decorrer variado de escritas e visitas inesperadas antes da próxima pagina em branco se iniciar; janelas fechadas ocultam olhares distantes, perdidos entre nuvens escuras e tantas vontades ferventes, borbulhando desejos ocultos nesses dias tão corridos com reflexos do passado e tudo o que ficou perdido com o tempo conjugado no presente e suas portas escolhidas; janelas da alma que guardam saudade... No alto da cidade enegrecia o céu despeja seu pranto lacrimoso sobre nossos caminhos de bifurcações diversas, de entradas e saídas, do que é escolhido em detalhes gritantes, do que é excluído no silêncio agonizante do que nem mesmo teve sua chance, no palco da vida seguimos muitas vezes perdidos, mas sempre dispostos a nos encontrar... Em seu corpo a água escorre lentamente, as lágrimas secam de uma vez; nuvens mudas silenciam os sentimentos que querem gritar suas vozes em sons de trovoadas, em canções que muito se falou, em vozes, pinturas e sons e que poucos ouvirão; pois acharam que não disseram nada, movimentaram mandíbulas famintas e se pareceram caladas! Seu rosto tão belo ainda reside em sonhos diversos, com sorrisos sinceros em tons de cinza entre a névoa esvoaçante que forma seu circulo escurecido de incertezas e vontades sussurrantes... O sol se esconde guardando todas suas luzes, o fogo ferido que rasga sua pele, que rasga a minha que pulsa e vibra em quereres silenciosos, vários amores e nós esperamos por nossa vez, quando os olhares se cruzarem e nossos corpos se incendiarem novamente sobre a chuva discreta que cai...
W. R. C.

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