Com
nuvens sem respostas se inicia
Outro
dia cinzento se desdobra em muitas reflexões de verbos e buscas, de sonhos
picados e realidades pulsantes no baile diário e suas modificações contínuas, horas
que pingam com as gotas da chuva a banhar sua face, a minha; nós aguardando
respostas com tantos pensamentos que nunca descansam em diversas perguntas
vibrantes diluídas em tons e sons com todos seus valores, na escada de inúmeros
conceitos, a colina que guarda as verdades, esperando que o vento trouxesse
novamente o que soprou para longe no decorrer variado de escritas e visitas
inesperadas antes da próxima pagina em branco se iniciar; janelas fechadas
ocultam olhares distantes, perdidos entre nuvens escuras e tantas vontades
ferventes, borbulhando desejos ocultos nesses dias tão corridos com reflexos do
passado e tudo o que ficou perdido com o tempo conjugado no presente e suas
portas escolhidas; janelas da alma que guardam saudade... No alto da cidade
enegrecia o céu despeja seu pranto lacrimoso sobre nossos caminhos de
bifurcações diversas, de entradas e saídas, do que é escolhido em detalhes
gritantes, do que é excluído no silêncio agonizante do que nem mesmo teve sua
chance, no palco da vida seguimos muitas vezes perdidos, mas sempre dispostos a
nos encontrar... Em seu corpo a água escorre lentamente, as lágrimas secam de
uma vez; nuvens mudas silenciam os sentimentos que querem gritar suas vozes em
sons de trovoadas, em canções que muito se falou, em vozes, pinturas e sons e
que poucos ouvirão; pois acharam que não disseram nada, movimentaram mandíbulas
famintas e se pareceram caladas! Seu rosto tão belo ainda reside em sonhos
diversos, com sorrisos sinceros em tons de cinza entre a névoa esvoaçante que
forma seu circulo escurecido de incertezas e vontades sussurrantes... O sol se
esconde guardando todas suas luzes, o fogo ferido que rasga sua pele, que rasga
a minha que pulsa e vibra em quereres silenciosos, vários amores e nós
esperamos por nossa vez, quando os olhares se cruzarem e nossos corpos se incendiarem
novamente sobre a chuva discreta que cai...
W.
R. C.
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