Soneto
I
Voz
Essa voz muda que não
se cala,
Sussurra gemidos e
seus valores
Fazendo ressoar os
tambores
Do peito nu e suas
falas...
Nos salões da vida, em
suas salas,
Convidados desfilam em
poucas cores
Ocultando por máscaras
algumas dores
Adormecem a sete
palmos em suas valas.
Verdades constroem o
momento
No girar impiedoso do
implacável tempo
Que não é evitado nem
mesmo pela ciência,
Suas luzes se propagam
e voam
Nessas vozes famintas
que ecoam
Do fruto maduro da
consciência...
W. R. C.
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