O
Abrigo: Mundo
Seguimos
sozinhos adiante
Para
além da próxima curva
Depois
do horizonte esquecido,
Onde
foram encontrados verbos cinzentos
E
todos os versos perdidos;
Tateando
a realidade com finas luvas
Vamos
descobrindo seus diamantes
Que
do carvão se converteram com o tempo.
Soluços
se calam vermelhos
Depois
de gritarem tão falantes
Suas
vontades desmembradas
Em
quatro partes com as estações;
Sementes
aveludadas são encontradas
Em
livros empoeirados nas estantes
Onde
vemos nossos reflexos como em espelhos,
Fagulhas
rabiscadas de nossas emoções.
Vestido
a rigor para a vida
A
estrada em sonho é semeada
E
seus ramos crescem desiguais
Entre
as portas escolhidas no trajeto;
Nascidos
novamente são anormais
Quando
por bocas malditas são citadas,
Às
vezes somos crianças perdidas
Que
caladas descansam sobre o cinéreo teto...
W.
R. C.
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