sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Sombras da Noite



Sombras da Noite


Encontrei um espelho com meus olhos
Refletindo minha insanidade tão sensata,
Pedaços que se desprendem de meu mundo,
Cores abstratas que se destacam
Fluindo lá no fundo de minhas veias;
Do intimo de mesus pensamentos
Perguntas e respostas...
Palavras e versos...
Correndo em volta e rapidamente,
Girando de forma estranha,
Deslizando até meu peito;
Imagens derretem em minha mente,
Esculturas especiais de minhas lembranças
Com minhas recordações que deixei para trás,
Quando não pude manter o passado presente,
Pois o passado sempre escorre e não se vê;
E no presente que as vezes parece ausente,
Tentamos sempre fazer
Desse presente algum futuro...

Seu toque puro não está me protegendo
Oh, senhora saudade!
Sob as areias de todas as minhas lágrimas
Contruo castelos de portas fechadas e torres altas,
Tudo que resta, tudo que tenho
Está diante do espelho partido,
Duas metades do que um dia foi inteiro,
Linhas que são escritas de tudo o que sobrou;
É um bando de palavras sem sentido,
Uma vociferação que ecoa distante,
Vibrações que se propagam e somem com o tempo
Nas águas da existência
Que desaguam no mar de silêncio e sombras...

Sombras de mim e você, aqui e depois,
Voando sobre meus anseios
Tentando alcançar as visões
Do caminho que percorremos.
Sombras cinzentas ficando vermelhas
Lágimas ferozes que correm nas veias;
A vida passa rápido demais,
Por estradas desiguais e estreitas
Nas asas frageis dos sentimentos flutuantes
Que planam sorrateiros entre os dias enfim;
Nosso voo terminou aqui...

Tantos rastros, tanto desejo, tanta procura,
No alto da colina posso ver o horizonte
Visões derretem com minhas recordações,
Uma brisa em minha pele está traçando as
Linhas com as marcas ao longo de meu rosto,
Sustos de uma consciência sussurrante
Culpando a mim, somente a mim...
Eu era, eu serei ou eu sou?
O que quer que seja
Eu não serei o mesmo, não mais,
Depois que as pedras cairem e as vontades rolarem;
Pode ter certeza quando o anoitecer dourado me cobrir
Com manto plúmbeo do luar,
Memórias então irão deixar o meu coração...

Porque o guardião dos sonhos parte?
Em algumas horas, dentro da negra noite
Será cumprido o que fora dito;
Tendo minha tristeza virando pedra,
E cada lágima secado,
Os sonhos quebrarão as correntes
E abrirão defitivamente suas asas
Voando para a eternidade
Em direção ao amanhã.
Algumas vezes em sonhos eu vejo os olhos dela,
Tão brilhante como a chama do sol
Vigiando-me como fontes cristalinas...
Aqueles sentidos no manto frio da noite que evapora
Conduz os sentimentos ao seu devido lugar
De onde nunca deveria ter saido...
Onde estão os guardiões dos sonhos?
Porque escondem a verdade do mundo?
Digam-me as respostas que minha mente deseja.

W. R. C.

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