sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Lembre-se de Ontem



Lembre-se de ontem


Quando você ouve uma voz
Que ecoa preenchendo seu ser,
Dentro de seu coração a bomba cardíaca acelera
Como os ponteiros do relógio a marcar o tempo,
Conduzindo o sangue quente de memórias reluzentes;
De algum tempo atrás, outras sensações,
Em estações diversas de ontem e hoje
Tentando dizer o que não disse,
Moldar formas em visões que existem
Sabendo que o globo não gira para trás;
Mesmo que eu tente, eu não consigo
Plavras se forman de nossos novos conceitos,
Jardins começam a deixar suas cores à mostra
Em letras variadas de varios valores,
Ler as entrelinhas, você sabe que não podemos.

Sim, eu tentei, o que há de errado?
Cicatrizes profundas são dificeis de curar
Elas sangram em noites de pensamentos intensos;
Tarde demais para voltar no tempo,
Para olhar sobre meu ombro,
Cada bruma que se formou agora,
Cada saudade que se ergue diariamente
Talvez um dia eu volte novamente ao inicio
E construa pontes sólidas que não desmoronem...
Lembre-se de ontem e pense no amanhã
Mesmo sabendo que a realidade é o agora
E que você tem que viver o hoje,
Todas as suas horas, cada suspirar...

Não me deixe com a mágoa, nem com a culpa,
De erros que se acumulam com o tempo,
Poeira de vontades evaporadas,
Condenado-me às profundesas de minha consciência
Onde residem cada um de meus desejos;
Pois eu tenho que viver hoje, cada segundo
Como se o amanhã dependesse disso,
Como se cada minuto fosse se recriando novamente
Com você ainda sorrindo em meus mais puros pensamentos
Em cada sonho mesmo os cinzentos e frios,
Como os dias de outrora e aquelas guardadas horas
No fundo de meu peito, no intimo de minh'alma,
São varias melodias ecoando tão caladas.

Mesmo entre o silêncio e a distância
A vida ainda pulsa e ferve em nossas veias,
Transportando sonhos e vontades
Nas batidas unisonóras de nossos corações.
E qual seria uma razão melhor
Que nos daria motivos maiores para celebra-la?
Deixar que ele se revele,
Uma ultima fagulha de paixão
E todos os gemidos de amores,
Entre varias primaveras floridas
E seus jardins iluminados,
Cada um de nossos invernos cinzentos
E suas brisas tão suaves,
Como um grão caido em terra irrigada
Buscando o pulsar da vida a todo instante;
Para uma semente germinar
É preciso rega-la, alimenta-la,
Permitir que o sol brlilhe sobre ela,
Um pouco a cada dia,
Um pouco de nós em cada dia,
Com todos os sabores e odores
Do ontem, do hoje e do amanhã...

W. R. C.

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