segunda-feira, 7 de novembro de 2011

A Batalha





A batalha


Derrama em linhas tortas pedaços de sentidos,
Escorre no papel fagulha de saudade,
Esperando a chuva cobrir as lágrimas,
E o sangue as cicatrizes.
No campo de batalha cenários diversos,
Outra porta fechada, um sonho preto e branco,
Outra página virada, um conto sem final feliz...
Passos lentos, labirinto de vidro,
Espada afiada, corte profundo,
Vontades gritantes, enclausurado e perdido.
O gotejar das horas impiedosas,
Abrir e fechar os olhos , devaneio...
Realidade... Pesadelo...
O vento sopra as folhas lá fora,
O tempo despeja seus grãos de areia,
Aglomerar de nuvens cinzentas,
Silêncio e escuridão.
Sussurros envenenados vozes que ecoam,
Pensamentos fragmentados, cacos de vida...
Sobe a fumaça do insenso,
Desce o homem até seu inferno pessoal,
Em constante batalha com sigo mesmo,
Mastigado e cuspido nas entranhas do mundo.
Pisando em nuvens carregadas,
Prontas a disparar saudade e melancolia,
Rabiscando o céu com um trovão,
Se alimentando de sonhos e sentimentos,
Sentado observando ações e vozes,
Trancrevendo verdades e vontades,
Lançando aos céus sonhos e desejos,
Dissolvendo o passado em finas gotas de chuva,
Velas irão queimar, o pensamento irá transcender
Cultivando o presente em silêncio e belas rosas.
As cartas estão na mesa, o soldado no campo de batalha;
Espadas de verbos, escudos silenciosos,
Uma guerra sem vencedor, sem perdedor,
Apenas combatentes incansáveis,
Sonhadores incontestáveis e famintos,
Amantes insaciáveis e sedentos,
Marionetes de si mesmmos
Repletos de desejos e vontades,
Guerreiros na constante batalha da vida.



W. R. C.

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