quinta-feira, 28 de julho de 2011

Fora do Labirinto





Fora do Labirinto


Finalmente luz, abra as janelas,
Finalmente liberdade para fugir;
Para longe da noite,
De suas sombras e seus vícios.
Foi tempo demais
Gasto feito um defunto caminhando por aí,
Com olhar distante, com dentes pontiagudos,
Afogando-se em sentimentos sem fim,
Um coração, um palpitar gritante.
Finalmente pode-se abrir as asas,
E planar no céu sorrateiro,
Como ave despreocupada,
Observando tudo do alto,
Chega de lágrimas, chega de lutas,
Cada um é livre para tomar seu caminho,
Fora do labirinto,
Dentro de qualquer realidade
Revelando segredos que guardamos no caminho.
Quem sabe o que é certo?
Seria mesmo possível sair deste labirinto?
Quem conhece o segredo por traz do véu da distância?
Quebrando as correntes,
Rompendo para o outro lado,
Entregando o futuro ao destino;
Nada mais a dizer; todos ficaremos bem!
Eventualmente vemos
O que não estava claro aos nossos olhos,
Em sonhos preto e branco,
Fagulhas de lembranças,
Sentimentos que queimam as entranhas.
Presente se solidificando...
Passado se evaporando...
Por toda nossa vida,
Por tudo que se quer e não se tem,
Que se perde com o tempo,
Os altos e baixos de estradas e vielas,
Corredores estreitos, becos escurecidos,
Certeza de que nada é certo e duradouro;
Tudo em pequenos grãos
Como areia do tempo em uma ampulheta...
Verdade oculta no manto dos sussurros,
Silêncio gritando vontades perdidas,
Verdades caladas em caixas poeirentas,
Passos acelerados,busca interminável,
Procura incansável por uma saida.

W. R. C.


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