segunda-feira, 11 de julho de 2011

Lágrimas





Lágrimas



Quando suas lágrimas se juntam com as minhas
Escorrendo por meus lençóis, banhando meu peito nu,
Sinto uma dor aguda e profunda,
Não é fácil ter o coração dividido ao meio,
Não é fácil ocultar tristezas.

Quando as lágrimas inundam e transbordam em meu leito,
Afogando sentimentos, massacrando a paixão,
Sinto que o tempo nunca é suficiente
E as escolhas se tornam um fardo pesado.

Quando lágrimas são o alimento d'alma,
Que faminta e confusa se perde no meio do labirinto,
Procurando saidas ou apenas respostas,
Tudo ao redor se escurece
O sol perde seu brilho em pleno meio dia...

Quando lágrimas formam um rio profundo
Dividido em uma bifurcação sombria,
O ar me falta aos pulmões, o coração quase para,
E eu não sei qual caminho seguir.

Quando as lágrimas chegam ao topo dos telhados,
Saindo pelas janelas e portas, gritando por nomes diversos,
Meus olhos perdem a visão por alguns instantes,
Meu chão perde a firmeza e eu afundo.

Quando as lágrimas não tem mais fim,
E a mente atormentada perde o controle,
Fico entre duas portas vermelhas,
Sem saber qual devo abrir e qual devo fechar.

Quando as lágrimas chegarem ao fim,
E formam um oceano de incertezas,
Não saberei mais onde estou,
Não saberei mais o que devo fazer,
Não saberei quais palavras devo dizer.




W. R. C.

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