sábado, 23 de julho de 2011

Noite




Noite


Denso enxame sombrio,
Bombardeando os loucos pensamentos distraídos
Com ideologias e conceitos mundanos,
Sentindo o sopro frio da noite banhar a face pálida e triste.

E pelos corredores e becos escuros,
Segue o mesmo caminho rotineiro vago e impuro,
Cruzando-se com rostos fantasmas
Por estradas distorcidas,
Estranhas e espinhosas dessa jornada.

Em noites silenciosas,
Só se ouve um canto solitário de ave noturna,
Louvando a quêda noite
A qual sempre sai para se alimentar.

Em meio aos seres da noite, e sob a pálida luz do luar,
Em algum lugar se encontra mais um amante das sombras,
Remoendo pensamentos...
Tristezas e alegrias se mesclam e difundem,
Loucuras sóbrias se expandem e se confundem.

Oh, noites sombrias,
Que sorrateiramente nos convida a vislumbra-la,
A todo os amantes do trevoso mundo noturno
gerações e gerações a contempla-la...

Envolvido pela magia e graça do luar,
Inebriado pelos vapores noturnos e o vinho,
Louvamos a lua em noites frias e solitárias,
Em bosques verdejantes, colinas ou estradas,
Companheira eterna sempre nos presenteando com sua presença.

Assim somente,
Envolvido no silêncio e calma da noite,
Os vapores elevam-se, entorpecendo,
Esfriando e confortando a alma!...

W. R. C

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