sexta-feira, 6 de abril de 2012

Imenso Mar



Imenso Mar

 
O que são palavras
Para ouvidos desinteressados,
Gestos que não tem devido valor,
Que flutuam no oceano do acaso;
Olhares que aos poucos
Ficam no passado
E beijos que perdem seu calor?
E as poucas horas
Que em vão passamos,
Em doces sonhos
E calorosos abraços,
Seriam paixões vazias
Que nós alimentamos,
Ou a corda
Que ao pescoço
Se forma o laço?
No mar da existência navegamos
Entre as nuvens de sonhos
E seus ideais;
Somos aves,
E sempre voamos
Como nestes versos
Que agora componho
Em busca de algo mais.
São tantos pensamentos
De diversas formas,
São tantas palavras
Que se perdem no ar,
Sentimentos cotidianos
Que se tornam norma
No navegar solitário
Desse imenso mar.
O que são essas vontades
Que no peito explodem,
Transportando-nos
À recantos distantes,
Germes... Sentimentos...
Borboletas que eclodem...
O ontem não bate com o agora,
Não é como antes?
Saudade do que
Nem chegou a existir,
Verdades que
Nem mesmos foram faladas
Amor que o peito
Quer comprimir,
Boca que agora
Quer ficar calada.
Silêncio em suas vozes variadas
Soprada pelo vento do presente,
Escritas em linhas tortas,
Páginas diárias que são viradas,
Fogo que n’alma se sente,
Verdades vivas,
Verdades mortas...
São tantos pensamentos
De diversas formas
São tantas palavras
Que se perdem no ar,
Sentimentos cotidianos
Que se tornam normas
No navegar solitário
Desse imenso mar.
W. R. C.

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