terça-feira, 17 de abril de 2012

Agora Chove



Chove Agora

E gotejam inúmeros pensamentos,
As águas levam embora
Tudo o que não quer mais ficar,
Os ventos cantam suas marchas
E o trovão mostra a próxima curva.

Chove agora
Palavras vão desenhando sentidos,
Vozes que tem tanto a dizer;
Falam das chuvas mescladas
Às mais diversas lágrimas
E do tempo que fechou.

Chove agora
O silêncio trava sua batalha
Com estrondos tempestuosos,
Versos e prosa;
Nas ruas rostos se escondem,
Corações se calam mais uma vez.

Chove agora
No alto da cidade
Entre nuvens e arranhásseis,
Um olhar distante,
Outro pensamento como antes
E aves a planar no céu...

Chove agora
Gotas de vontades escorrem,
Verdades, olhares pelas janelas,
Sentidos e suas procuras;
A chuva cai, o tempo se vai
E o céu despeja seu pranto lacrimoso.

W. R. C.

Nenhum comentário:

Postar um comentário