sexta-feira, 26 de outubro de 2012



Estacionado no tempo
 
A estrada de ferro
Guardou seus segredos
Em várias estações;
Sussurros soprados
De emoções diversas,
Cicatrizes marcadas
Na carne e no aço,
Muitas milhas,
Tantos sonhos,
Uma jornada.
Cenários variados
E algumas despedidas
Ficaram no fundo do peito;
Um olhar calado
E outra avenida
Antes da ultima parada
E a próxima procura começar.
As cores se foram,
Os versos ficaram
Estacionados no tempo
Entre pensamentos,
Lembranças, sentidos
E visitantes curiosos.
Agora só a saudade sabe
Após semear recordações
O que trilhos contaram
Em seus dias percorridos;
Muitas de suas verdades
Despejadas em cada curva
Desenhadas pelo tempo,
Escritas n’alma,
Deixada em uma parada qualquer
Que como o vagão
Assim estacionou.
W. R. C.

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