quarta-feira, 3 de outubro de 2012


Durante a noite
 
O relógio gira,
Palpita o peito;
Já posso ouvir
O meu nome,
As portas se abrem
E uma voz ecoa...
Ao longe
Avisto seu rosto,
Sua pele branca,
Seus olhar sedutor,
Visão magnífica,
Anjo de mistérios ocultos,
Um convite tentador!...  
Abra agora seus braços,
Vamos navegar
Entre mares tranqüilos
E constelações em um abraço,
Um beijo eterno,
Distante da realidade,
Perdidos em devaneios,
Colher as flores
Que brotam no escuro
E ver as borboletas
Saírem de seus casulos
E pintar nossas vontades.
Quero me perder
Na inconsciência consciente,
Ate que a noite se faça bela
E nos ofereça suas dádivas;
Vamos anoitecer
E cair em um sono acordado,
Ouvir as músicas
Que tocam pela madrugada,
Sonhar com olhos abertos
Os sonhos compartilhados:
Homem e mulher,
Dissolvendo-se
Em beijos e carícias 
Até que a noite se torne densa
E o tempo gire devagar,
Como uma canção que
Guarda-se na lembrança
E carícias eternizadas
Na moldura,
Seguindo um caminho,
Com flores e espinhos,
Guiado pela luz da lua
Que nos leva aos seus
Recantos mais distantes.
W. R. C.

Nenhum comentário:

Postar um comentário