quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Não Feche Seus Olhos





Não feche seus olhos



Feche a porta e apague a luz...
Deixe o silêncio se propagar,
E todos os pensamentos perdidos:
Desejos cativos...
Prisões sem muros...
Estradas em ruínas...
Vontades que sobem, que descem...
A mente construindo seus cenários
Em um redemoinho de sensações e sentidos
Em cada segundo de seu dia.
As horas passam em um gotejar de saudades,
Os sonhos são as realizações ocultas dos desejos,
Ainda espero um beijo seu,
Você em meus braços, nós dois se tornando um;
Ou apenas um adeus sem demora,
Para seguirmos nossos caminhos.
Coração acelerado...
Lágrimas... Escuridão...
Risos descontrolados...
Procura em ascensão...
Os campos que outrora eram floridos,
Já não tem mais cores, estão secos,
Pois sua mais bela flor se foi.
Melancolia...Soluços...
Dor... Tristeza...
Celebrações, Urros...
Alegria e paz...
Sentimentos que vem e que vão,
Se alternando de formas variadas
Entre os bons e os ruins...
Escute os passos no jardim,
Eles pisam em folhas mortas e amareladas,
Passos sorrateiros,
Caminho de espinhos,
Repleto de flores:
Rosas brancas...
Sangue em finas gotas...
Rosas que se tornam vermelhas...
Densa é névoa que forma seu círculo,
Devaneios e realidade que se mesclam.
Vida curta...
Vida intensa...
Vida em espiral...
No frio de cada manhã uma lágrima,
O despertar sonolento,
Outra mágoa,
Sorrisos vendidos em uma esquina,
Alegrias aos montes engarrafadas,
Pensamento que vaga e se perde no ar,
Imagem que desaparece diante dos olhos...
Onde estão todas estas malditas chaves,
Porque existem tantas portas ainda trancadas?
Não feche seus olhos agora,
Este silêncio é agonizante,
A distância constrói suas muralhas,
As coisas não são o que parecem ser,
As mudanças transformam o ambiente,
Não são o que foram um dia;
Não saberemos como serão amanhã,
E vivemos nas asas da esperança,
Os sonhos já não são mais como antes.



W. R. C.

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