sexta-feira, 11 de março de 2011

Sonho Ruim

Sonho Ruim


Os dias passam, meus pés doem,
A estrada fica cada vez mais sinuosa,
A despedida do sol em um entardecer dourado,
Meu coração apertado, espinhos ao redor,
Todas as flores se fecharam,
Lágrimas e chuva se misturam,
Sonhos escurecidos, lugares estranhos,
São tantas portas trancadas
E nenhuma chave para abrir.

Pesamento, saudade, a brisa do vento,
Acompanham meus passos errantes,
A companhia do vinho, o silêncio de cada esquina,
Vazia... Cheia de ecos de ontem,
Esperando os sussurros de amanhã.
Árvores que observam os que passam,
Passos que param na borda do precipício,
A um passo do nada, despencar de vez nesse sonho ruim.

Veja, são tantos rostos ao redor,
Caminhos que se cruzam nos jardins da vida,
Palavras e sentimentos que brotam da terra,
Muitos levados pelo vento,
Muitos guardados n'alma,
Mas, quase sempre estamos sozinhos,
Estas paredes altas, um imenso vazio.
Onde está você agora?
Nesses sonhos cinzentos não posso mais te ver...

O despertar cheio de dúvidas, de medo,
Um esperar cheio de curvas, de incertezas,
Essa dor no peito, essa melancolia,
Esse vento frio, esses corredores altos,
Alguns sonhos são bem ruins,
Nem sempre realizamos nossos sonhos acordados.
Para onde foi o amanhecer
E todos seus aromas agradáveis ?
Para onde iremos depois que abrirmos nossos olhos?



W. R. C.

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