segunda-feira, 14 de março de 2011

Sombras e Esquecimento


Sombras e esquecimento


Muitas linhas foram escritas,
Pedaços de sentidos, do ontem, do hoje,
Sobre as coisas que vi, que senti,
Minha alma interior é uma terra árida,
Meus olhos só veem poeira no horizonte.
Eu não posso fugir daqui,
Para tentar encontrá-los.
Em meio todas essas sombras e esse frio,
Todos os pensamentos perdidos,
Todas as vontades guardadas;
Em minha mente eu acordei em uma colina,
Em uma noite cinzenta, tantas vezes antes,
Esperando um amanhã parecido com aquele,
O ontem não parece mais um sonho,
Se evapora devagar, memórias congeladas rindo
De toda solidão atual, toda saudade,
Eles não me deixam encontrar a verdade;
Eu nasci para ser um rei ou um bufão dos tolos?
Eu não consigo lembrar meu nome,
Em noites de pensamentos profundos,
Eu nunca soube como encontrar meu lar,
Quando saia à procura de um amanhã,
Sem nunca poder encontrar quem tanto quero ver.
Eu não consigo lembrar meu nome,
Quando me perco em sonhos sombrios,
Venha me dizer onde isso irá acabar,
Qual porta devo abrir, qual devo fechar?
Para representar todas estas coisas,
Tudo que gira dentro de nosso ser,
Mas não para mim,em ilusões e realidade
Entre sonhos e sombras do escuro,
Eu estou em minha jornada pela escuridão.
Eu não consigo me lembrar
Será que um dia eu descobrirei?
Será que descobrirei um caminho
Que me leve até você?
A distância está aumentando,
Um abismo que se agiganta,
Minha esperança se foi,
Um clarão de luz mas nada muda
Um vulto cinzento e um perfume no ar.
Quando irá acabar
Qual parte de mim permanece?
Em breve eu voltarei,
Ao lugar onde meus pensamentos fluem,
Em minha balsa de contos,
Esse mundo de poucas cores,
Onde o esquecimento reina,
Onde as lembranças voam para longe,
Onde passarei mais um tempo sozinho,
Isto levará tudo de mim.



W. R. C.

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