terça-feira, 1 de março de 2011

Os jogadores





Os jogadores



Eu vaguei por minha mente,
Perdido sem saber aonde ir, sonhando acordado,
Entre o ontem e o hoje,
Na terra dos contos de fadas e histórias,
Perdido entre felicidade e lamentações,
Eu não tive medo, eu não tive sono,
Caminhava por toda parte,
Abria uma porta e fechava outra,
Inocência e amor eram tudo que eu sabia.
Era ilusão, devaneio?
Logo os dias foram se tornando meses,
O gotejar do tempo, o silêncio, os pensamentos,
Desejos contidos, vontades guardadas;
A felicidade simplismente não vem tão fácil,
Se a terra não for fértil não dará frutos,
E todas as folhas amareladas
Se perderão sopradas pelo vento.
O coração sente o que o olhos não veem,
O corpo grita em silêncio sua fome insaciável,
Inocência era apenas outra palavra.
Era ilusão, devaneio?
Perdido na roda da confusão,
Girando em um turbilhão de sentimentos,
Transpondo a fornalha de lágrimas,
E um coração que se petrifica novamente,
O lhos cheios de uma ilusão enfurecida,
Escondendo-se em todos.
E vamos descobrindo que a vida é só um jogo,
Os jogadores aprendem todos os dias,
Movimentam-se ocupam varios quadrantes,
Modificam suas cartas,
Suas peças em um tabuleiro chamado vida;
Uma boa mão do baralho,
Que a cada dia após terminar,
Se inicia novamente.
Mas você sabe que nunca houve um vencedor,
Que cada batalha trás uma estória,
Cada uma um sentimento;
Tente seu melhor, só para ser um jogador,
Ganhar o que não se quer,
Perder o que ainda nem se formou,
Formar o que nem se criou,
Criar o que tanto se quer,
E ver o mundo continuar girando.
O jogo nunca para, sempre surgindo novidades,
Novos jogadores, novas cartas...


W. R. C.

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