quarta-feira, 7 de novembro de 2012



Perguntas Inquietantes VI
 
 
Até quanto
Iremos vendar nossos olhos
E nos fazer de cegos
Para não enxergar
A realidade e suas cores
Que oscilam entre vivas e mortas
Quando querem se mostrar?
 
Porque entorpecemos nossos sentidos
Quando buscamos sentir
A essência dos sabores
Que borbulhas e escorrem
Formando vida em sensações
E revelando possibilidades para o amanhã
Em luzes e suas quedas que podem apagá-las?
 
O relógio gira ao contrário
Quando se quer ir adiante
E a cova dos segredos não revelados
Puxa-nos para baixo
Para a sepultura de indecisões entre
Sentimentos que ainda não pereceram
Que o carrasco ontem ainda deixa existir
Quando são cuspidas pela escada do presente?
 
Um grito irá ecoar quando a escolha
Escrever sua derradeira sentença
Com traços de tinta sem muitas respostas
Onde se perdem o amor e suas misérias
Na palha seca que queima feroz
Que o tempo limita em suas regras
De caminhos que podem se perder
Antes mesmo de se encontrarem?
W. R. C.


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