terça-feira, 13 de novembro de 2012



Almas nuas
 
 
Correm loucos assassinos
De ideais, de sentidos,
Nas esquinas de cara rua;
As noites
São dos filhos embriagados,
Tal perdido como o tempo
Esquecido do passado
Quando surge
A grande dama dos amores,
A lua.
 
Os esquecidos,
Os velhos decrépitos profetas
Que no passado tortuoso
Fizeram sua saga,
Incompreendidos
E maltratados
Sofreram suas chagas,
E da língua mortífera
Fizeram suas setas.
 
Pois ideias mesquinhas
Tornaram-se ninharias,
Pelos mesmos velhos
Esquecidos do passado,
Quando não mais
São compreendidos;
Já que n'alma
São contidas as entrelinhas
De uma vida pobre e sombria
Num mundo devastado.
 
E as trevas cobrem os céus,
Tal como a terra coberta
De corpos pútridos,
O ser humano se desespera
E agora mais que nunca
Se sente sozinho,
Ao lado da morte horrenda
Sua certeza medonha
Se alimentando de pecados.
 
Desconhecem o inferno das almas,
O paraíso dos corações  
E seus caminhos
De possibilidades variadas,
De sentimentos divergentes,
Onde anjos e demônios
Estes seres alados,
Debatem feitos sádicos
E escrevem seus pergaminhos...
W. R. C.  

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