Verdades
despejadas
Em cascatas
gritantes
Um galopar de
sentidos
Em direção ao
amanhã;
Soluços flutuantes
Desprendidos do
ontem
Estouram no céu dessa
manhã,
Cidade cinzenta
esconde
Todos os amantes
famintos
Em becos do agora
E cada um de seus
segredos
Falados e despidos
De medos variados,
Selados e perdidos
Nos quadros do
acaso...
Corações famintos
Devoram a razão,
Vozes que se
perdem no mundo
Procuram respostas
Entre tantos
olhares sedentos
E suas lágrimas
salgadas;
Os abandonados
Abandonaram o
barco
Que seguiu sozinho
Em busca do por do
sol.
Agora se sabe
Que se escrevem
páginas
Nas enciclopédias
De tantos
convidados
Que bailam
despreocupados
E rodopiam seus
véus
No baile de
máscaras
E todos os seus
versos...
W. R. C.
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