Quando as estações
se vão
A canção irá
ecoar,
Pensamentos e
sentidos
Pulsam,
Vontades e
verdades
Escrevem-se
E nós a esperar
O derradeiro
Sopro do amanhã...
Existe
Muita coisa
pendente,
Muito que evapora
Diante dos olhos
Quando esses
Não querem mais
ver
E se deixam levar
Pelos ventos do
acaso.
Agora as máscaras
Desenham-se
E cobrem
Faces variadas,
Entre o sorriso
E a lágrima
E os passos
Em direção ao
jardim.
Folhas
desprendidas
Escrevem suas
cartas
Aos que não dão
Nenhuma resposta,
Sussurros
desmembrados
Tentam remendar
suas idéias.
Pássaros calados
Voam baixo
E se alimentam
De algumas dores,
Flores sem perfume
Despem algumas
De suas cores,
Palavras desleais
descrevem
Com tons nada
precisos
Cada um desses
sentidos
Em muitas estações
Que já se foram.
E quando as
estações se vão
Deixando apenas
lembranças
Não adianta
perguntar as rosas
De onde vêm os
seus sabores.
W. R. C.
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