segunda-feira, 17 de setembro de 2012



Quando as estações se vão
 
A canção irá ecoar,
Pensamentos e sentidos
Pulsam,
Vontades e verdades
Escrevem-se
E nós a esperar
O derradeiro
Sopro do amanhã...
 
Existe
Muita coisa pendente,
Muito que evapora
Diante dos olhos
Quando esses
Não querem mais ver
E se deixam levar
Pelos ventos do acaso.
 
Agora as máscaras
Desenham-se
E cobrem
Faces variadas,
Entre o sorriso
E a lágrima
E os passos
Em direção ao jardim.
 
Folhas desprendidas
Escrevem suas cartas
Aos que não dão
Nenhuma resposta,
Sussurros desmembrados
Tentam remendar suas idéias.
 
Pássaros calados
Voam baixo
E se alimentam
De algumas dores,
Flores sem perfume
Despem algumas
De suas cores,
 
Palavras desleais descrevem
Com tons nada precisos
Cada um desses sentidos
Em muitas estações
Que já se foram.
 
E quando as estações se vão
Deixando apenas lembranças
Não adianta perguntar as rosas
De onde vêm os seus sabores.
W. R. C.


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