terça-feira, 4 de setembro de 2012



O poeta
 
Oh, louco
E despreocupado poeta,
Que escreve
Suas inúmeras sinfonias,
Que irão se perder
No tempo um dia
Como morto
Que na tumba
Sempre se aquieta.
 
Lançando
Seus dardos envenenados,
Flores de perfumes suaves
E suas mortíferas setas,
Relatos de dias tristes
Ou raras alegrias,
De insanas
E voluptuosas orgias,
Tenta escrever
Como os antigos profetas.
 
Traçando no velho
E amarelado papel,
Diversas estórias de vida;
Rosas oferecidas
Do intimo de seu eu,
Do jardim do pensamento,
Coisas escolhidas...
Acompanhado
De sonhos confusos,
Vinho e mel,
 
Pensa ser
A melhor saída,
E indo
Em um voo só
Nas asas dos sentidos
Do inferno ao céu:
É assim
Que com as palavras
Ele lida.
W. R. C.

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