segunda-feira, 24 de setembro de 2012



Simples Sentidos
 
É apenas um rosto
Entre a fumaça
O respirar profundo
E o silêncio
Que por muitas vezes ecoam;
Morada de pedra,
Imagem embaçada
Entre o tempo e suas cores
Em um despencar
De letras gritantes,
Mergulhando nas profundezas,
Em águas gélidas, salgadas,
Sem se molhar,
Em fogo feroz;
Abismos diários
De misterioso olhar,
Que observa tudo ao redor
Enquanto o vento
E o verbo
Rabisca suas linhas
Em desenhos sussurrados
Pelos corredores do momento,
Em goles de destino duvidoso...
Embriagar de sentidos,
Semear de verdades
Que florescem
Como fruta no pé
Deixando pétalas no ar,
Em conversas e escritos
Sempre a devorar;
Vendo o tempo parar
Por um instante
Como os grãos
De areia
De uma existência
Que escorre lentamente
Entre os dias
Por suas mãos,
Enquando tudo
Começa a se renovar...
W. R. C.

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