terça-feira, 18 de setembro de 2012



Aves Noturnas
 
Após o por do sol
Quando vier a noite:
Com os ventos suaves
As aves noturnas
Alçam voo,
Sempre a observar
Entre a selva de pedras  
E suas sombras,
Suas gaiolas
E seus convidados
Cheios de medo
E vontades;
Cada gesto,
Todos os sentidos;
Observam distantes
Com olhar faminto
Os que ficam no chão...
O seu canto
Todos ouvem e sentem
De forma profunda,
Embriagando os sentidos
Como garras
Cravadas no coração...
Planando na noite
Como sombras sorrateiras
Com olhos em chamas
E vozes que ecoam...
Caçadores por natureza,
Que no palco da vida atuam
Como implacáveis algozes,
Fazendo da horrenda morte
Poesia de vida,
Majestosa sobre
As brumas do céu
E o brilho da lua.
W. R. C.

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