domingo, 6 de maio de 2012




Em meio aos lobos

Mais uma noite
Remoendo pensamentos
Em meio aos lobos
E os seres noturnos.

O luar outra vez
Grita por meu nome,
Transpondo suas luzes
Por entre folhas amareladas;

Distantes ecoam
Choros e risadas,
Vozes, verso e poesia
Em um embaralhar de sentimentos.

Entre alegrias e mágoas,
Sensações e desejos,
Sinto uma dormência
E perco meus sentidos,

Um som profundo
O uivo dos lobos
Que vai tão distante
Se misturando às memórias vagas.

O luar faz seu chamado
E o perigeu a torna mais bela,
O vento sopra meus versos.

Um frio, o arrepiar,
Sempre pontual
Há zero hora,

Outro uivo e o chamado,
Música sombria
Que paira no ar.

O tempo se escreve
De forma suave vem convidar
Sobre a luz da lua cheia

Chama-me agora:
E em meio a esta alcatéia
Giro, pulo e começo a dançar.

W. R. C.

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