sexta-feira, 7 de outubro de 2011

E a história termina



E a história termina

E a história termina,
Já não existe mais tinta para riscar o papel...
Insanidade disse friamente,
Olhando em nossos olhos, focando em nossos rostos;
Com voz grave, sem piedade:
Ainda esperando pela chance,
Então do nada irá se erguer,
Com as cinzas do último incêndio,
Chega, levante a cabeça e comece a andar,
Pois a estrada ainda será longa para você.
Oh, e outra jornada se inicia pelo chamado da lua;
Aquilo realmente era eu?
Aquilo realmente fazia parte de uma realidade,
Onde me perdia diariamente, e me afastava de tudo?
Eu vi no espelho gritando, eu engoli ódio e mentiras,
Que rasgaram minhas entranhas com o medo;
Eu vi nas esquinas e nas ruas iluminadas,
Através de mil lamentos, mil sussurros, mil tormentos;
Alguém está sugando nossa energia,
Como parasita, faminto,
Drenando nossos pensamentos,
Se alimentando dos sonhos que ainda não se realizaram,
Sorvendo nossas vidas lentamente.
O que podemos fazer, quando seguimos sem saber o destino,
Nesta estrada para lugar algum,
Quando o abismo se torna cada vez mais profundo?
O coração jaz no limite do tempo,
O ontem morre devagar enterrado no passado,
E por mais presente que isso seja morre...
Uma nova vida está esperando por você,
Está esperando por mim,
E a primeira imagem que você vê é a sua,
Pule através do espelho, deixe o medo para trás,
Abra uma nova porta, e comece a caminhar,
Liberte-se... Liberte-se...
Não importa onde eu tente, onde busque clarear,
A luz da vela parecia perdida para sempre,
Antes de minha visão acabar, de minhas linhas se findarem,
Nós não estamos sozinhos, há mais alguém,
Sempre existirá um outro alguém,
Do outro lado do espelho, por traz das cortinas vermelhas,
Refletindo a parte cruel de nossa alma.
É hora de nossa escolha, um novo dia irá nascer,
E a história termina...
E outra jornada começa...
Como poderemos acreditar se existe o bem e o mal,
Se o amor vai mesmo colorir nossos dias cinzentos,
Se a verdade não perderá a batalha para a mentira?
Nunca saberemos se não tentar-mos,
As portas começam a se abrir, siga em frente;
Os ferimentos da vida eles irão permanecer,
Em carne viva, e sentimentos dolorosos,
As cicatrizes da alma sempre estarão aqui,
Desenhando lembranças obscuras nela;
Uma página em branco estará esperando,
Pronta para que seja riscada, novas linhas,
Novos ventos, novos sonhos, outros dias,
Fim de uma história e começo de outra
Em uma nova jornada que se inicia.

W. R. C.

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