segunda-feira, 5 de março de 2012

Outro Dia



Outro Dia

Outro dia, outra página,
Pedaços múltiplos,
Escritas desmembradas;
As linhas começam a se escrever
Após o abrir dos olhos cansados
E o despedaçar do que não pode voltar,
A mente começa a juntar as pétalas
Que se desprenderam da memória
Durante a noite que se foi;
Agora os jardins estão calados
Esperando os pássaros sussurrantes
E suas melodias variadas
Iluminarem o cenário que ainda espera.
Outro dia,
Pensamentos imperfeitos
Transitam entre
O querer e seus dizeres
Com suas vozes sussurrantes
No curso fluvial entre o agora e o amanhã;
Vontades não cicatrizadas ainda pulsam
Com o latejar rítmico de tantos ideais,
Verdades deslocadas
Em direção a seus cursos distintos
Ficam frente a frente
Ao espelho do momento
Onde o reflexo
Revela suas intenções.
Sentidos borbulhantes brilham
Diante de um sol ainda tímido
Que ilumina o campo
De todas as decisões;
Os sonhos de ontem falam baixo
Suas mais íntimas certezas,
Descrevem um amanhã
Cheio de mistério
E estradas novas;
Verdades falantes
Contam cada um de seus sonhos,
Querem acordar novamente
Para a realidade pulsante
E seus palcos diversos,
Esperam suas portas cinzentas
Se colorirem com tintas variadas
Para que possa abri-las,
Entrar despreocupado
E seguir adiante.

W. R. C.

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