segunda-feira, 19 de março de 2012

O Sonho Não Está Morto


O sonho não está morto
Abra suas asas,
Suba tão alto,
O ponto mais alto para ver
O horizonte e suas portas,
Caia em devaneios,
Em buscas incansáveis,
Um plano de fuga,
Uma outra jornada
E equilíbrio para todos,
Um pequeno pedaço
Nesse imenso mundo,
Um avanço ao futuro
No presente agitado,
A euforia é grande,
Suspiros profundos;
Mais dinheiro ganho,
Mais tempo emprestado,
Um outro pedaço de nós.
O gotejar de planos e metas
Riscado em mapas de vidas,
Partículas montadas,
Fragmentos vividos,
Atirado em um canto,
Exposto em uma tela,
Alcançado na corrida,
Movimentando as pernas;
Meios para um fim
Que se torna um inicio
Começando subitamente,
Alvo quase atingido,
Dardos lançados,
Pensamento constante,
A perspectiva não está perdida
No espírito da caçada,
Depois do dia sem dizer adeus,
No picadeiro da vida,
No pódio de chegada
Desta corrida sem fim,
Seguindo a estrada.
As balanças da natureza
São forçadas a inclinar,
Pendem ao presente
E suas buscas agitadas
Com seus diversos coadjuvantes,
O pendulo dos sentimentos
Sempre balança
Oscilando entre o agora e o depois;
As terras centrais choram
Um pranto doloroso
Lágrimas que escorrem relembrando
A perda de todo sentimento
Que fora amordaçado pelo tempo,
Escorre pelos contos lentamente
Para partir o véu do presente,
Desmembrando suas culpas,
Remendando suas vestes
Para o baile dos escolhidos;
Então tente
E seja examinado,
Calcule os lados
De suas emoções,
Suas paixões,
Suas buscas,
Fundos insuficientes,
Vontades que transbordam
Ainda esperando
O momento certo,
A chave está bem próxima.
Há altos e baixos,
E se errar de primeira
Não desista de tentar novamente,
Algo novo,
Algo que pode existir...
Do outro lado da avenida,
Entre os rostos e seus olhares,
O alfabeto e suas letras,
Escrevem cada uma dessas histórias...
Agora com nova esperança
Alguns estarão orgulhosos,
Com sementes
E brotos nas mãos,
Um novo cenário,
Uma nova página,
No tempo
Que sempre deixa suas portas abertas;
Isso não é nenhuma farsa,
Ninguém é forçado,
Aqui cavamos
Nossas próprias sepulturas,
Ou erguemos
Nossas fortalezas;
Receba uma ajuda
Que venha do além,
Do outro lado
Da compreensão humana,
Plante flores
No lugar de espinhos,
Colha sorrisos
No lugar de lágrimas,
Abra novos caminhos
De uma nova fronteira,
Seja o primeiro
A atirar a pedra
Em direção ao espelho embaçado,
Ideias novas irão surgir certamente,
Sentimentos profundos
E descobertas,
Nenhum feito desconexo,
Ou dividendo,
Apenas somas
E multiplicações,
É só começar a andar...

W. R. C.

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