Respeitável
Público
No
picadeiro da vida
Expondo
uma contida arte
Aos
desinteressados convidados
O
ser humano desumanizado
Apresenta
suas cores;
Rostos
sem nomes
Em
meio à multidão apressada
Revelam-se
talentosos
Em
habilidades de vida e morte
No
decorrer pulsante da existência;
No
malabarismo das possibilidades
Impossíveis
do pensamento
Onde
o tempo insiste
Em
baixar suas cortinas vermelhas,
O
equilibrista se mantém na corda bamba
De
seus dias corridos
Entre
o ir e vir de tantas atividades
E
seus mais cruéis espectadores,
Lançando
moedas de pouco valor
Ao
alto do palco sortido
Tentando
seguir adiante;
O
palhaço de sorriso de plástico
Esconde
suas lágrimas
Por
de trás de máscaras sombrias
Em
apresentações diárias
Com
danças e dores
De
todos os dissabores contidos...
O
sangue rubro em tinta pintado,
Verdades
e segredos escondidos
Onde
os espelhos oculares
Não
captam a verdadeira essência
Do
ato apresentado
Desses
inúmeros artistas
No
palco solitário de cada ser
Nos
dias enfim,
Em
mim e em você...
W.
R. C.
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