sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013



Respeitável Público
 
No picadeiro da vida
Expondo uma contida arte
Aos desinteressados convidados
O ser humano desumanizado
Apresenta suas cores;
Rostos sem nomes
Em meio à multidão apressada
Revelam-se talentosos
Em habilidades de vida e morte
No decorrer pulsante da existência;
No malabarismo das possibilidades
Impossíveis do pensamento
Onde o tempo insiste
Em baixar suas cortinas vermelhas,
O equilibrista se mantém na corda bamba
De seus dias corridos
Entre o ir e vir de tantas atividades
E seus mais cruéis espectadores,
Lançando moedas de pouco valor
Ao alto do palco sortido
Tentando seguir adiante;
O palhaço de sorriso de plástico
Esconde suas lágrimas
Por de trás de máscaras sombrias
Em apresentações diárias
Com danças e dores
De todos os dissabores contidos...
O sangue rubro em tinta pintado,
Verdades e segredos escondidos
Onde os espelhos oculares
Não captam a verdadeira essência
Do ato apresentado
Desses inúmeros artistas
No palco solitário de cada ser
Nos dias enfim,
Em mim e em você...
W. R. C.


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