Perguntas
Inquietantes VIII
Quantos
sentidos dormentes
Adormecerão
calados
Antes
que a realidade acorde
E
comece novamente seus poemas
De
versos ao inverso da realidade desmedida?
Durante
o sono dos sentidos
Entre
a fumaça do consciente
Sonha-se
com sementes
Verdes
aflitas que esperam
Pacientes
sua vez de frutificarem?
As
histórias se reescrevem
Com
verbos e versos já desgastados
Por
suas conjugações sem respostas
Que
pintaram escrituras transformadas
No
decorrer das escolhas entre os escolhidos?
Paginas
são viradas em branco
Quando
o pensamento se guarda
Das
batalhas sem navalhas
Que
ainda deixam cicatrizes
Na
carne exposta ao espelho da saudade?
Pedaços
remendados do presente
Seriam
cacos de vidas
Que
nunca se encaixam
Por
deixar pequenas fagulhas voarem
Ao
som desengonçado do tempo?
Você
se veste a rigor
Com
trajes secretamente escolhidos
Quando
tenta colocar os pontos
Em
linhas escritas no hoje
Que
deixarão respostas no amanhã?
W.
R. C.
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