quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012
Depois que o céu se abrir
Depois que o céu se abrir
Quando o céu se torna escuro
E os dias são sombrios
Misturando o puro e o impuro;
O pensamento pede ajuda ao coração
Que sopra seus desafios
Fazendo-nos buscar uma solução.
Escutamos sua voz e seguimos adiante
Passamos pelas portas da percepção,
Mudamos os conceitos de como eram antes
Sabendo que esta lhe indicará o caminho,
Tentamos moldar uma nova criação
Mesmo sabendo que sempre estamos sozinhos.
Quando nuvens espessas se aglomeram
Diante dos olhares apreensivos
Os sonhos mais uma vez esperam
E as buscas diárias se tornam turvas,
Tornamo-nos seres esquivos
Caminhando em direção a outra curva.
É preciso redimensionar a procura,
Encontrar novos conceitos,
Remendar todas as rachaduras
E reescrever os planos;
Eliminando assim todos os defeitos
Para que não haja mais danos.
Quando a vontade pelo novo começa a falar
Seus quereres e suas paixões,
Sabemos que não irá se calar;
É preciso arrastar as nuvens tempestuosas
Como escurecidos balões,
Limpando o eu de poeiras nebulosas.
Levando tudo para longe dos olhos cansados,
Deixando o sol brilhar novamente
E junto aos conceitos recriados
Iluminar o jardim e seus brotos,
Para que frutifique a semente
E se possa colher os seus frutos.
W. R. C.
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