Perguntas
inquietantes VIII
Do
outro lado das ramagens cinzentas
Podem-se
ver os arbustos
Que
brotam delícias proibidas
A
tentar o homem faminto
Trazendo
veneno aos seus lábios
Que
se movem frenéticos sem se saciar?
O
que se pode tocar
Sem
que escorra entre os dedos
No
tatear das vontades
Enquanto
se forma sentidos,
Vozes
em rostos sombrios
E
gemidos que ecoam além?
São
partes perdidas
De
todas as vontades
Que
tentam ser reconstruídas
Entre
o tempo e suas vaidades
Que
veste-nos em trajes tingidos
Com
a tinta de nossas linhas rabiscadas?
Posso
estender minhas mãos
E
tocar o intimo do ser
Antes
que grite a morte
Seu
chamado certeiro,
Manusear
o presente perdido
E
fazê-lo se encontrar novamente?
W.
R. C.
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