quarta-feira, 13 de março de 2013



Perguntas inquietantes VIII
 
Do outro lado das ramagens cinzentas
Podem-se ver os arbustos
Que brotam delícias proibidas
A tentar o homem faminto
Trazendo veneno aos seus lábios
Que se movem frenéticos sem se saciar?
 
O que se pode tocar
Sem que escorra entre os dedos
No tatear das vontades
Enquanto se forma sentidos,
Vozes em rostos sombrios
E gemidos que ecoam além?
 
São partes perdidas
De todas as vontades
Que tentam ser reconstruídas
Entre o tempo e suas vaidades
Que veste-nos em trajes tingidos
Com a tinta de nossas linhas rabiscadas?
 
Posso estender minhas mãos
E tocar o intimo do ser
Antes que grite a morte
Seu chamado certeiro,
Manusear o presente perdido
E fazê-lo se encontrar novamente?
W. R. C.


Nenhum comentário:

Postar um comentário