quinta-feira, 7 de março de 2013


Mun-dança
 
No girar do tempo e suas vozes que cantam tantos versos do presente sem culpa exposto no tribunal do universo, na dança contínua dos quereres onde o homem faz suas escolhes e é por vezes escolhidos no baile de máscaras dos dias enfim; passos cuidadosamente aplicados no bailar desengonçado do viver constante enquanto o mundo se veste a rigor em regras rigorosas sobre a existência e seus deveres divididos, nos atos aplicados, no palco às vezes iluminado, no decorrer das sentenças. Na dança alegre dos felizardos que correm pelo globo lançando dardos e setas de venenos e antídotos aos alvos almejados, aos quatro cantos em estações de diversas mudanças e encantos com laços e traços que se desdobram no papel de cada um que observam e são observados, absorvem e são absorvidos quando vão se escrevendo sem pressa apressando o próximo parágrafo; parado em silêncio entre as quatro esquinas e o derradeiro chamado, janelas escancaradas enxergam o horizonte despido ao som de uma suave melodia de fatos e feitos desmembrados, de tantos dias que se foram e não querem mais voltar levados pelos ventos do acaso e suas mais silenciosas canções, de todas as procuras que ainda não conseguiram se encontrar em uma caixa de muitos ideais a se construir, de olhos bem abertos e ouvidos atentos aos sons que fazem la fora, a sinfonia chamada vida em seu concerto de incertezas a nos conduzir pelo vale da inquietude e suas perguntas inquietantes; guiando-nos aos jardins de concreto ao votos e ao veto do que se faz sem pensar enquanto o mundo gira em sua dança...

W. R. C.

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