sexta-feira, 1 de junho de 2012


A dança

Dos quereres diversos,
Das buscas
De tantos convidados;
De cada um
Desses amores falantes,
Entre pranto
E gargalhadas que ecoam,
Um pedido que vaga nos ares
E o perfume de todas as flores
Nas curvas de nossas estradas.

A dança
Dos amantes famintos,
De luzes brilhantes
E suas cores,
No deserto diário
De tantas vontades
Tentando fazer como fizera antes;
De suas feridas cicatrizadas
 Ficaram as flores
E os espinhos,
Das horas passadas
A saudade...

A dança
Do tempo que se desmembra,
Que escorre veloz,
O ir e vir de nossas emoções
Entre beijos e abraços ardentes
E o bailar da vida que segue;
De cada sentido,
A vitima e o algoz;
No palpitar de nossos corações,
No regozijo de bocas sorridentes
No badalar dos sinos do amanhã.

A dança
Dos apressados
E suas vozes pintadas
Nos quadros da existência
Que ecoam longínquas,
Sozinhos ou acompanhados,
Um encontro para depois;
Cada pedido, cada desejo
Nas asas de anjos alados,
Como aves de rapina voam
No céu vejo agora
Quando abrem suas asas.

A dança
Do hoje do ontem
E dos amanhãs distintos,
Do nascer ao por do sol
Entre o verso e suas buscas,
O abrir e fechar
De portas diversas,
No bailar
De nossos passos apressados
E tantos de nossos instintos,
Que enchem folhas espessas 
Escrevendo nossos caminhos
Entre o tempo e suas linhas
E cada página a ser virada...
W. R. C. 


Nenhum comentário:

Postar um comentário