A dança
Dos quereres diversos,
Das buscas
De tantos convidados;
De cada um
Desses amores falantes,
Entre pranto
E gargalhadas que
ecoam,
Um pedido que vaga nos
ares
E o perfume de todas
as flores
Nas curvas de nossas
estradas.
A dança
Dos amantes famintos,
De luzes brilhantes
E suas cores,
No deserto diário
De tantas vontades
Tentando fazer como
fizera antes;
De suas feridas
cicatrizadas
Ficaram as flores
E os espinhos,
Das horas passadas
A saudade...
A dança
Do tempo que se
desmembra,
Que escorre veloz,
O ir e vir de nossas
emoções
Entre beijos e abraços
ardentes
E o bailar da vida que
segue;
De cada sentido,
A vitima e o algoz;
No palpitar de nossos
corações,
No regozijo de bocas
sorridentes
No badalar dos sinos
do amanhã.
A dança
Dos apressados
E suas vozes pintadas
Nos quadros da
existência
Que ecoam longínquas,
Sozinhos ou
acompanhados,
Um encontro para
depois;
Cada pedido, cada
desejo
Nas asas de anjos
alados,
Como aves de rapina
voam
No céu vejo agora
Quando abrem suas asas.
A dança
Do hoje do ontem
E dos amanhãs
distintos,
Do nascer ao por do
sol
Entre o verso e suas
buscas,
O abrir e fechar
De portas diversas,
No bailar
De nossos passos
apressados
E tantos de nossos
instintos,
Que enchem folhas
espessas
Escrevendo nossos caminhos
Entre o tempo e suas
linhas
E cada página a ser
virada...
W. R. C.
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