sexta-feira, 19 de abril de 2013



No caminho para o amanhã
 
Dos versos pedidos e guardados
Pelo papel amarelado e velho
Em gavetas de vividos acasos
Surrei inúmeros sentidos...
Foram levados aos confins
Em meio às brumas do silêncio
Sensações que não voltaram;
Essas ainda brilham reluzentes
Quando os sonhos as trazem
Para a realidade do agora
E seus verbos calados...
Das sementes lançada ao solo fértil
Frutificam discretas
Inúmeras vontades;
De feitos, fatos e falas
Que construirão o agora e o depois
Em seus edifícios que não se abalam
No presente corrido e corrigido
A todo o momento em que se quer
Ser visto e lembrado...
São minhas, grande parte das falas
Que flutuam sem respostas
Quando destilo sentimentos calados
Que batem em portas trancadas
E voltam para casa silenciosa
Seguindo o caminho para o amanhã
Pelo solo irrigado e suas lágrimas
Em direção a curva das novidades...
W. R. C.


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