Desmembrar
do Tempo
Gotejam em grão imprecisos
Das areias de castelos
distantes
O verso e o veredicto;
Soluços arrastam as horas
Em verbos do construir
apressado
Que cantam seus feitos
No palco aberto e suas luzes
A nos iluminar novamente.
O tempo escorre outra vez
Sem esperar os que ficam para
trás
Destilando essências sentidas...
E o poeta segue:
Compondo versos em ponteiros
De relógios a se moverem
Enquanto a melodia toca
E o mundo gira em memórias
Para daqui a pouco...
Sou eu que busco as respostas
Enquanto termino de regar as
plantas
No deserto de meus sentidos
Que buscam florecer?
São seus, esses olhos que
observam
O construir das sentenças
No desdobrar das equações dos
minutos
E seus sabores distribuidos?
Sim, é assim:
Somos nós a girar a manivela
Do presente preciso
Enquanto o tempo se veste a
carater
Para mais uma vez nos
apresentar
Entre suas horas pingadas
E o esperar constante
Que na próxima pagina
Irá se revelar...
W. R. C.
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