segunda-feira, 8 de abril de 2013



Desmembrar do Tempo
 
Gotejam em grão imprecisos
Das areias de castelos distantes
O verso e o veredicto;
Soluços arrastam as horas
Em verbos do construir apressado
Que cantam seus feitos
No palco aberto e suas luzes
A nos iluminar novamente.
O tempo escorre outra vez
Sem esperar os que ficam para trás
Destilando essências sentidas...
E o poeta segue:
Compondo versos em ponteiros
De relógios a se moverem
Enquanto a melodia toca
E o mundo gira em memórias
Para daqui a pouco...
Sou eu que busco as respostas
Enquanto termino de regar as plantas
No deserto de meus sentidos
Que buscam florecer?
São seus, esses olhos que observam
O construir das sentenças
No desdobrar das equações dos minutos
E seus sabores distribuidos?
Sim, é assim:
Somos nós a girar a manivela
Do presente preciso
Enquanto o tempo se veste a carater
Para mais uma vez nos apresentar
Entre suas horas pingadas
E o esperar constante
Que na próxima pagina
Irá se revelar...
W. R. C.


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