segunda-feira, 16 de julho de 2012



Outro Dia...

Outro dia,
Outra página,
Pedaços múltiplos,
Escritas desmembradas;
As linhas começam a se escrever
Após o abrir dos olhos cansados
E o despedaçar do que não pode voltar,
A mente começa a juntar as pétalas
Que se desprenderam da memória
Durante a noite que se foi;
Agora os jardins estão calados
Esperando os pássaros sussurrantes
E suas melodias variadas
Iluminarem o cenário que ainda espera.

Outro dia,
Pensamentos imperfeitos
Transitam entre
O querer e seus dizeres
Com suas vozes sussurrantes
No curso fluvial
Entre o agora e o amanhã;
Vontades não cicatrizadas
Ainda pulsam
Com o latejar rítmico de tantos ideais,
Esfera reluzente,
Verdades deslocadas
Em direção a seus cursos distintos
Ficam frente a frente
Ao espelho do momento
Onde o reflexo
Revela suas intenções.

Outro dia,
Sentidos borbulhantes brilham
Diante de um sol ainda tímido
Que ilumina o campo
De todas as decisões;
Os sonhos de ontem falam baixo
Suas mais íntimas certezas,
Descrevem um amanhã
Cheio de mistério
E estradas novas;
Verdades falantes
Contam cada um de seus sonhos,
Que querem acordar novamente
Para a realidade pulsante
E seus palcos diversos,
Esperam suas portas cinzentas
Se colorirem com tintas variadas,
Para que possa abri-las,
Entrar despreocupado
Virar algumas páginas
E seguir adiante.
W. R. C. 

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